09 setembro 2015

Depois de cinco goles de cerveja preta, que achou que tinha combinado bem com a noite enevoada, pouco fria. Depois da desistência do samba e de uma viagem entediada de ônibus, percebeu que era só isso mesmo: quando não tinha problema os inventava. Por isso o punho vermelho, sangue retesado, marcas do não do pai. Por isso a tentativa de socá-lo feito briga de galo. Era porque o feriado tinha sido muito bom junto deles. Os dois, a mãe também, beliscos na bochecha. Mas, alto lá, que em segundos eles poderiam definir todos os sentidos daquele fim de tarde no prédio panorâmico cinco estrelas da prima rica, onde sobrava tudo menos senso. De medo, soprou maldito espanto. Exclamações em vez de vírgulas. Sangue, em vez de saliva.

14 julho 2015

precisava sair pra ouvir chover palavra e assoar granizo.
respiro.
resfrio.