Em vez de ruído branco, vivencio agora o silêncio preto.
Não é o silêncio lento, do trovador cheio de estrelas, que canta o Tom reverenciando Luiza.
É silêncio preto de suspensão sem perscpectivas e que faz guiar cegamente.
Em vez de mar de leite, meu ensaio vivo desta cegueira momentânea faz movimento de desfocar, desfocar, desfocar, até perder a luz, e ficar o breu.
Breu intuitivo que desperta papilas gustativas, o tato e a audição.
Desperta também facilmente qualquer tipo de manifestação sentimental mais rigorosa que, por hora, tento evitar expressar.
Silêncio em si, em sol, em dó.
De mim, do outro, de nós.
Silêncio de entender que a vida é uma representação constante e contínua e que nada ou tudo podem fazer sentido, mas o sentido está agora longe de se fazer nítido nas dunas da escuridão.