Quando entendeu que as respirações não eram, definitivamente, consoantes quis virar sangue pra dissolver entre as pregas da blusa dele. Virou mancha.
30 abril 2012
17 março 2012
fome de necessidade
"(...) o que significa 'hoje improvisar' como um gesto cênico, quando historicamente 'improvisar' começou como uma prática emancipatória e acabou sendo uma ferramenta para criar (uma) linguagem com a qual se identificar e significar? Podemos diferenciar entre 'estilo' (entendendo esta como formas de identidade para a conquista de sistemas pré-existentes) e 'aventura' sensível de abrir o corpo? Como sensibilizar o corpo para fazer desta aventura uma conquista de sua própria vulnerabilidade? Como abandonar os vícios de interpretação para a experiência interpelativa? Como nos movermos a partir e com o que nos 'inquieta'?"
(Paz Rojo/lote #1 - "yes we can not")
13 março 2012
não me diga adeus
Não Me Diga Adeus (Aracy de Almeida) by Sheila Ribeiro e Núcleo do Dirceu from dona orpheline on Vimeo.
lugar pra ficar em pé - carnaval mental, precariedade erótica
22 fevereiro 2012
13 fevereiro 2012
a origem vertiginosa
Nossa literatura, articulando-se com o Barroco, não teve infância (in-fans, o que não fala). Não teve origem ‘simples’. Nunca foi in-forme. Já ‘nasceu’ adulta, formada, no plano dos valores estéticos, falando o código mais elaborado da época. Nele, no movimento de seus ‘signos em rotação’, inscreveu-se desde logo, singularizando-se como ‘diferença’. O movimento da diferença (Derrida) produz-se desde sempre: não depende da ‘encarnação’ datada de um LOGOS auroral, que decida da questão da origem como um sol num sistema heliocêntrico. Assim, também a maturidade formal (e crítica) da contribuição gregoriana para a nossa literatura não fica na dependência do ciclo sazonal cronologicamente proposto pela Formação. Nossa ‘origem’ literária, portanto, não foi pontual, nem ‘simples’ (numa acepção organicista, genético-embrionária). Foi ‘vertiginosa’, para falar agora como Walter Benjamin, quando retoma a palavra Ursprung em seu sentido etimológico, que envolve a noção de ‘salto’, de ‘transformação’.”
O sequestro do Barroco na Formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Matos
(Haroldo de Campos, 1986 - edição 2011, p. 67)
(Haroldo de Campos, 1986 - edição 2011, p. 67)
27 janeiro 2012
francisquito
É certo que tenho mania de traçar conexões entre qualquer coisa que me aconteça, mas tem momentos em que elas simplesmente aparecem.
Assim foi com o Francisquito, vendido na padaria Pan Frigo (sim, estou falando desde o Brasil, ni de la frontera son, hacen parte de una ciudad peculiar del pais, Cuiabá, por hacer parte hace muchos y muchos años de la historia de explotación de oro de los portugueses, paulistas y españoles que influenciaron, además de la cultura colonial, el idioma y la manera de ser).
Assim foi com o Francisquito, vendido na padaria Pan Frigo (sim, estou falando desde o Brasil, ni de la frontera son, hacen parte de una ciudad peculiar del pais, Cuiabá, por hacer parte hace muchos y muchos años de la historia de explotación de oro de los portugueses, paulistas y españoles que influenciaron, además de la cultura colonial, el idioma y la manera de ser).
Presente da madrinha que pesou 222 gramas na mala, custou R$6,66 e vence no dia 02/02/2012.
Que seja boa sorte!
19 janeiro 2012
chama
Sim, sim, eu sempre estive certa.
Entrar nesse buraco da minha pele seria mesmo entrar em buraco sem fundo, sem fundo, com bifurcações e nenhum sentido, com sentido, mas nenhum que me sacia e que demanda sempre mais e mais atenção e nenhuma companhia além do meu próprio umbigo. Era isso, era esse o meu terror, o meu desejo, a minha lascívia. E agora que a ferida está aberta, e agora que o entorno está esvaziado do vazio de que eu preciso, minha pele está pronta pra virar fogo e se transformar em chamas.
Alguém me chama. Alguém me chama?
Entrar nesse buraco da minha pele seria mesmo entrar em buraco sem fundo, sem fundo, com bifurcações e nenhum sentido, com sentido, mas nenhum que me sacia e que demanda sempre mais e mais atenção e nenhuma companhia além do meu próprio umbigo. Era isso, era esse o meu terror, o meu desejo, a minha lascívia. E agora que a ferida está aberta, e agora que o entorno está esvaziado do vazio de que eu preciso, minha pele está pronta pra virar fogo e se transformar em chamas.
Alguém me chama. Alguém me chama?
17 janeiro 2012
ao lote #1
Só a reconheço quando já me tomou conta. Órgãos quentes, corpo aberto para o que me engradece e o que me destroi. Fazer parte do processo seletivo de vocês me deixou nesse estado apaixonado, sensível, feliz por estar perto de pessoas colocando em prática ações e ética de relações em que eu acredito, me fez perceber como sendo conduzido dessa forma realmente o ambiente de trabalho fica mais prazeroso, mesmo esse sendo um ambiente em que a competição esteve presente, mas não prevaleceu.
Pena que toda a paixão virou gripe (!) e não consegui aproveitar o último dia de seleção. Parecia que não ia me aguentar em pé e, de fato, não me aguentei.
Uma pena não ter sido selecionada para os laboratórios, mas foi uma oportunidade pra acompanhar mais de perto o trabalho de vocês, por meio das "janelas", dos ensaios abertos, e de outras apresentações.
Parabéns à equipe e bom trabalho!
Luiza Rosa.
Pena que toda a paixão virou gripe (!) e não consegui aproveitar o último dia de seleção. Parecia que não ia me aguentar em pé e, de fato, não me aguentei.
Uma pena não ter sido selecionada para os laboratórios, mas foi uma oportunidade pra acompanhar mais de perto o trabalho de vocês, por meio das "janelas", dos ensaios abertos, e de outras apresentações.
Parabéns à equipe e bom trabalho!
Luiza Rosa.
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