02 maio 2010

do sofrido ao soft

Por ter, coincidentemente, assistido a esses dois videoclipes, um seguido do outro, percebi que, nos dois, os cantores conversam com um boneco, ao dizerem sobre a pessoa que amam. É... quando distante, o jeito é falar com representações.

"Crave" é ícone da minha adolescência, em que ficava sabendo das músicas de sucesso das baladinhas campo-grandenses, quando minha irmã (mais velha que eu) chegava em casa descrevendo as festas que ainda não podia ir.

"Fidelity" é fofa, como é os ambientes leves que ando percebendo em vários aspectos. Conheci por uma amizade nova, taurino como eu, e que me abriu horizontes audiovisuais e profissionais, ao dizer delicadamente com suas ações cotidianas: é possível, sim, ser um ser humano em uma instituição pública e não só mais uma peça da burocracia.

Abaixo vão os dois videoclipes, do sofrido ao soft, os extremos que vêm desenhando meu corpo esses tempos.

3 comentários:

  1. Sou um homem comum, qualquer um
    Enganando entre a dor e o prazer, hei de viver e morrer como um homem comum, mas o meu coração de poeta projeta-me em tal solidão que às vezes assisto a guerras e festas imensas, sei voar e tenho as fibras tensas e sou um...Ninguém é comum e eu sou ninguém ...Peter Gast by Caetano Veloso

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  2. Mto mto bom, Ítalo!
    Devo ser um ninguém também..

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  3. Querida Luíza, na verdade, quando eu li o seu texto veio-me a lembrança a passagem de O Pequeno Príncipe do Saint-Exupèry, em que a raposa diz ao princepezinho: " - A gente só conhece bem as coisas que cativou, ... Se tu queres um amigo, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", é isso.

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