22 setembro 2010
observação
01 setembro 2010
a vingança da cultura
03 agosto 2010
carta crítica
03 julho 2010
em fluxo
De novo o fluxo por dentro era bem mais liberado que o de fora.
Uma hora e meia e os arquivos ainda não haviam sido transferidos da rede pro meu computador. E se minha vontade fizesse acelerar? Acelerou só meu metabolismo, que se expressava em cortes temporários de respiração, seguidos de respiração longa, solitária.
Meu almoço, uma esfiha de carne com conversa sobre a arte contemporânea de um pelego, ganhei de presente de uma companhia educada de olhar agudo, interrogafirmativo.
Os segundos pareciam deslizar. Não gotejaram nem um segundo e a baba grossa de tanta informação deslizante, escorreu, mas não deixei fazer com que me tirasse a noção de que cada coisa tem seu lugar, e as pessoas contam com a consciência disso, de minha parte.
O trânsito não estancou tanto quanto a transferência de arquivos, nem conseguiu me tirar do sério tanto quanto onde queria me fazer de forte ao lado da desfuncionária. “Silêncio, por favor...” foi o que me salvou. “Quis amar, mas tive medo...” também foi uma alternativa que aliviou e foi fácil parar em casa, pegar o irmão e descer meia quadra antes do lugar onde deveria estar quinze minutos antes de atravessar aquela esquina em que as pessoas esquecem a função das setas do carro.
Pela primeira vez me sentia à vontade em dizer o que me vinha à mente na frente de uma de minhas mentoras. Realmente o risco já não atormentava, afinal é daí que parte meus estímulos de pesquisa, de busca por entendimentos, estabelecimento de conexões. Minhas tradições, preconceitos. Também sou uma colcha de retalhos e todos os dias as conexões são refeitas, desfeitas, ficam um tempinho descansado em algum outro recipiente, que podia aliviar, mas às vezes não alivia.
O café e a miopia fizeram daquele momento mais especial como quando uma foto é mais interessante pelo desfoco que acentua o foco de um curto espaço daquele todo.
Voltei animada, pronta pra mais uma etapa do dia, que terminava pro movimento da Terra, mas não para o meu.
23 junho 2010
Mundo frágil
29 maio 2010
numa noite de inverno..
02 maio 2010
do sofrido ao soft
Por ter, coincidentemente, assistido a esses dois videoclipes, um seguido do outro, percebi que, nos dois, os cantores conversam com um boneco, ao dizerem sobre a pessoa que amam. É... quando distante, o jeito é falar com representações.
"Crave" é ícone da minha adolescência, em que ficava sabendo das músicas de sucesso das baladinhas campo-grandenses, quando minha irmã (mais velha que eu) chegava em casa descrevendo as festas que ainda não podia ir.
"Fidelity" é fofa, como é os ambientes leves que ando percebendo em vários aspectos. Conheci por uma amizade nova, taurino como eu, e que me abriu horizontes audiovisuais e profissionais, ao dizer delicadamente com suas ações cotidianas: é possível, sim, ser um ser humano em uma instituição pública e não só mais uma peça da burocracia.
Abaixo vão os dois videoclipes, do sofrido ao soft, os extremos que vêm desenhando meu corpo esses tempos.